Amigos e sambistas lamentam a morte de Delegado, da Mangueira
'Minha maior inspiração', postou Carlinhos de Jesus no Twitter.
Para Ivo Meireles, ele foi o 'maior mestre-sala da história do carnaval'A morte do presidente de honra e baluarte da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, Delegado, aos 90 anos, no final da manhã desta segunda-feira (12), não demorou a repercutir pelas redes sociais.
saiba maisMorre Delegado, presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira
O dançarino e ex-coreógrafo da comissão de frente da Mangueira, Carlinhos de Jesus postou em seu perfil no Twitter sua idolatria ao ex-mestre-sala. "Minha maior inspiração. Meu modelo de muitas coreografias. Minha referência. Meus respeitos, grande mestre Delegado", escreveu. "Se vai o meu maior mestre-sala, agora, a rodar pelos Salões do Céu! Grande Delegado!", acrescentou depois.
O atual presidente da escola, Ivo Meirelles, também prestou sua homenagem: "Mestre Delegado, o maior mestre-sala da história do carnaval brasileiro e Presidente de Honra da Mangueira", escreveu no Instagram, ao lado de uma foto do sambista.
Ex-rainha de bateria da Mangueira, Renata Santos publicou uma foto ao lado do sambista no Facebook. "Minha homenagem ao GRANDE MESTRE DELEGADO. Última vez que o encontrei. #luto em Mangueira", escreveu, antes da letra de "Pranto de poeta" ("Em Mangueira / Quando morre um poeta / Todos choram...").
Nascido e criado na Mangueira
Segundo os médicos, Égio Laurindo da Silva, o eterno mestre-sala da verde-e-rosa, estava internado na Clínica Santa Branca, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, desde o dia 6 de novembro.
A pedido da família, os médicos informaram apenas que Delegado, que estava com 90 anos, estava com uma “doença incurável”. A morte do sambista foi atestada às 11h18. Segundo a assessoria de imprensa da Mangueira, o velório está marcado para 18h deste segunda na quadra da escola, na Zona Norte. O enterro será nesta terça-feira (13), no Cemitério do Caju, na Zona Portuária.
Nascido no Morro da Mangueira em 29 de dezembro de 1921, cresceu na comunidade e começou a frequentar o samba ainda no colo da mãe, aos 3 anos. Ele integrou o bloco Unidos da Mangueira. Aos 17 anos começou a desfilar como mestre-sala, arte que aprendeu vendo Marcelino, um dos fundadores da atividade, que desfilava como baliza do Bloco dos Arengueiros, precursor da Estação Primeira de Mangueira.
Por 36 anos Delegado tirou a nota máxima no desfile, ao lado das portas-bandeiras Nininha, Neide e Mocinha. Considerado um “pé de valsa” freqüentador de gafieiras, alto e esguio tinha um jeito elegante de dançar, e prendia atenção das moças, na época, o que lhe valeu o apelido de Delegado.
Em 2011, conquistou o título de presidente de horna da Mangueira.
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Por: Rosa Moreno
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